**"À Espera"**
**"À Espera"**
Esperar é um ato silencioso. Não exige palavras, mas consome energia. É como sentar-se à beira de um caminho, olhando ao longe, na esperança de avistar alguém que talvez nunca venha. E, no entanto, lá estamos, dia após dia, nutrindo a esperança de que o vazio será preenchido.
Mas e quando a espera se torna uma prisão? Quando aquilo ou aquele por quem esperamos não vem — não porque não pode, mas porque não quer?
O mais difícil de aceitar é que, muitas vezes, o problema não é a ausência do outro, mas o que essa ausência reflete dentro de nós. Esperar por alguém que não chega nos obriga a olhar para a nossa própria solidão, nossas expectativas e os sonhos que colocamos nas mãos de quem talvez não os queira carregar.
**A espera que paralisa**
Quantas vezes nos seguramos, adiamos planos ou sufocamos nossa felicidade porque estamos à espera de algo ou alguém? Dizemos a nós mesmos: *"Quando isso acontecer, eu serei feliz"* ou *"Quando aquela pessoa mudar, tudo ficará bem"*. Mas o tempo passa, e a felicidade parece cada vez mais distante.
**O peso da esperança não correspondida**
Esperar por quem não vem é como regar um jardim sem sementes. É desgastante, frustrante, e, no fundo, nos faz esquecer que o verdadeiro jardim está dentro de nós. Não é errado esperar, mas é perigoso quando nos perdemos nesse ato, esquecendo que temos a capacidade de seguir em frente.
**A espera que transforma**
E se, ao invés de esperar pelo outro, começássemos a esperar por nós mesmos? Esperar pelo momento em que teremos coragem de soltar as amarras. Pelo dia em que diremos: *"Eu sou suficiente, mesmo que ninguém chegue"*.
Transformar a espera é ressignificar o vazio. É perceber que o amor-próprio é a única certeza que carregamos, mesmo quando tudo o mais nos falta.
**Conclusão**
À espera de alguém, nos esquecemos de que somos o protagonista da nossa história. Mas quando escolhemos esperar por nós mesmos, começamos a caminhar, e cada passo nos leva de volta ao que realmente importa: nossa paz, nossa essência, nosso amor-próprio.
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